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Senado desafia Bush e aprova projeto de seguro infantil de saúde

A medida promovida pelos democratas foi aprovada por 64 votos a favor e 30 contra

Por EFE
Atualização:

O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta quinta-feira, 1º, um projeto que amplia os programas de seguro de saúde infantil, a ser financiado parcialmente com impostos sobre o fumo e que o presidente George W. Bush prometeu vetar.   A medida promovida pelos democratas foi aprovada por 64 votos a favor e 30 contra, e enviada imediatamente ao presidente Bush para promulgação.   A iniciativa daria proteção médica a cerca de 4 milhões de crianças. Ela atende famílias cuja renda está acima do teto do programa Medicaid para indigentes, mas não é suficiente para pagar seguros privados.   No entanto, antes da votação no Senado, a Casa Branca avisou, na quarta-feira, que o projeto seria vetado pelo presidente se não recebesse mudanças substanciais.   "Os democratas e os republicanos novamente se uniram de boa-fé para aprovar um projeto responsável e plenamente financiado, que melhora a vida de crianças, garantindo visitas médicas e remédios", disse Harry Reid, líder da maioria democrata no Senado.   Reid acrescentou que o presidente Bush se vale de "desculpas falsas para enganar os americanos" com o objetivo de vetar o projeto.   A mesma versão do projeto tinha sido aprovada na semana passada pela Câmara de Representantes, com 265 votos a favor e 142 contra. O total não chega ao necessário para superar o veto presidencial.   O Escritório de Gestão e Orçamento da Casa Branca (OMB) criticou o projeto, dizendo que ele não dá prioridade às crianças mais pobres, mantém a cobertura de alguns adultos até o ano 2012, transfere crianças de planos privados para a assistência governamentais e não inclui mecanismos para determinar quem pode solicitar os benefícios.   Segundo a Liga de Cidadãos Latino-americanos Unidos (Lulac), pouco mais de 3 milhões de crianças latinas nos Estados Unidos não têm seguro médico. Delas, 70% poderiam se beneficiar do programa SCHIP.   O Escritório de Orçamento do Congresso (CPB) calculou que o projeto estende a assistência médica a 3,8 milhões de crianças, 63% delas de minorias, inclusive 1,4 milhão de hispânicos.   A medida seria financiada por u aumento de US$ 0,65 nos impostos federais sobre os cigarros, o que já causou objeções durante a primeira votação.

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