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Senado dos EUA aprova projeto de ampliação de sanções ao Irã

Texto deve ser convertido em versão final junto do documento da Câmara antes de ser sancionado por Obama

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Por Redação
Atualização:

O Senado dos EUA aprovou na noite da quinta-feira, 28, um projeto de lei que permite ao presidente Barack Obama expandir as sanções contra o Irã para pressionar o país islâmico a desistir de deus programa nuclear, segundo informa a agência de notícias CNN.

 

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A Câmara aprovou seu próprio texto de expansão de sanções no ano passado. Para se tornar lei, ambas as versões devem ser convergidas em uma versão final e ser aprovada novamente por ambas as casas antes de ser sancionada por Obama.

 

Se for tornado lei, o projeto prevê que Obama pode aumentar as sanções sobre o Irã em relação à importação de gasolina e capacidade de refinamento de petróleo da República Islâmica, assim como outros aspectos referentes a combustíveis. O comércio entre os dois países também sofreria algumas proibições, assim como algumas companhias iranianas.

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"Acredito que aprovar essa lei é fundamental para dizer ao Irã que os EUA mantêm uma postura séria sobre evitar que o Irã tenha armas nucleares", disse o líder democrata no Senado, Harry Reid, em comunicado.

 

O Irã afirma que seu programa nuclear tem apenas fins pacíficos, mas os EUA e outros países do Ocidente temem que a República Islâmica esteja desenvolvendo armas nucleares. Israel disse que o programa nuclear iraniano é a maior ameaça atual ao Estado judeu.

 

O Comitê de Assuntos Públicos dos EUA, grupo favorável a Israel, aplaudiu a decisão do Senado e disse que as casas deveriam aprovar a versão final da lei o mais rápido possível. "A posse de armas nucleares por parte do Irã seria um golpe estrondoso contra os interesses de segurança dos EUA", disseram representantes do grupo.

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O Irã atualmente recusa a proposta da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão regulador da ONU, para que envie parte de seu urânio enriquecido ao exterior e recebe de volta material pronto para usos pacíficos.

 

A República Islâmica tinha até o fim de 2009 para aceitar o acordo oferecido pelo Conselho de Segurança da ONU - EUA, China, França, Rússia e Reino Unido - e pela Alemanha, mas recusou e disse que tem o direito de enriquecer quanto urânio quiser.

 

A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, disse estar trabalhando para reunir as potências mundiais para aprovar sanções ao Irã. "Queremos todo o apoio que conseguirmos, e queremos estar seguros de que estamos falando com os iranianos para fazê-los entender que a comunidade internacional não ignorará os desrespeitos às regulações do Conselho de Segurança e da AIEA".

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