16 de janeiro de 2013 | 18h44
O anúncio do Comitê de Serviços Armados do Senado acontece um dia depois de a nomeação de Hagel receber apoios cruciais de dois senadores democratas com posições favoráveis a Israel, que disseram estar menos preocupados em relação às posições de Hagel sobre o Estado judeu, o Irã e outras questões.
Obama nomeou Hagel em 7 de janeiro para substituir o atual secretário de Defesa, Leon Panetta, que está deixando o cargo. A indicação provocou oposição ferrenha de alguns parlamentares republicamos e de grupos pró-Israel.
Hagel, um senador pelo Estado de Nebraska entre 1997 e 2009 e veterano condecorado da Guerra do Vietnã, se distingue de seus colegas republicanos por sua oposição à guerra liderada pelos Estados Unidos no Iraque.
Ele também teve seu nome especulado como possível escolha de Obama para compor sua chapa como candidato a vice-presidente em 2008.
Até mesmo alguns democratas expressaram preocupações sobre temas como as posições de Hagel em relação às sanções impostas ao Irã e pelo fato de que ele não seria um forte apoiador de Israel.
Hagel tem telefonado e se reunido com senadores para discutir as preocupações dos parlamentares antes da sabatina, mas vários republicanos, incluindo alguns do Comitê de Serviços Armados, já anunciaram que são contra a nomeação dele.
O Senado votará a nomeação de Hagel após a sua sabatina no comitê. Os democratas controlam 55 cadeiras no Senado e Hagel precisa de 60 votos para evitar eventuais obstáculos regimentais dos republicanos e garantir sua nomeação.
(Reportagem de Patricia Zengerle e Phil Stewart)
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