11 de agosto de 2007 | 17h30
O secretário de Estado adjunto dos Estados Unidos, Daniel Fried, defendeu neste sábado, 11, a idéia de um único escudo antimísseis na Europa, que integraria instalações americanas, russas e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Veja também: Putin anuncia uso de programa de defesa antiaérea até 2015 "A melhor variante seria criar um só sistema coordenado e transparente a fim de reforçar a segurança de todas as partes", disse Fried à televisão do Azerbaijão, onde está de visita. O secretário de Estado americano referia-se à união dos planos americanos de instalar radares na República Tcheca e interceptores na Polônia e a proposta dos russos de compartilhar com a Otan a estação de radar azerbaijana de Gabalá e outra na localidade de Armavir, no sul da Rússia. "Não se trata de uma simples discussão, mas de avançar de maneira construtiva", acrescentou. O subsecretário antecipou que a próxima rodada de negociações entre EUA e Rússia ocorrerá em setembro entre os ministros de Exteriores e de Defesa dos dois países (secretário de Estado e chefe do Pentágono no caso americano) "no formato 2+2". A Rússia quer que os americanos interrompam seus planos enquanto os dois países mantêm conversações, das quais Moscou deseja que os países da Otan participem. O Kremlin acredita que a instalação de radares e mísseis interceptores na República Tcheca e na Polônia é uma "ameaça direta" à sua segurança. Por enquanto, as propostas russas de compartilhar a estação de radar de Gabalá, localizada perto da fronteira do Irã, e a de Armavir, próxima ao Cáucaso, não foram recebidas com entusiasmo na Administração americana. O presidente russo, Vladimir Putin, que tinha advertido de que os planos de Washington não ficariam sem resposta, suspendeu em meados de julho por decreto a aplicação do tratado de Forças Convencionais na Europa (CFE), considerado a pedra angular da segurança no continente. Além disso, a aviação estratégica militar russa retomou esta semana os vôos regulares nos céus sobre as águas do Atlântico e do Pacífico, chegando até a ilha americana de Guam, exercícios que estavam suspensos desde 1991.
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