Suicídios no Exército dos EUA atingem maior marca desde 1991

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Por KRISTIN ROBERTS
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O número de suicídios ocorridos dentro do Exército dos EUA alcançou seu nível mais alto desde a Guerra do Golfo, revelou na quinta-feira dados divulgados pelos militares. O Exército registrou 99 casos confirmados de suicídio em 2006, ou 12 a mais do que o número do ano anterior. Os militares ainda citaram duas mortes como sendo prováveis suicídios, apesar de os médicos legistas não terem confirmado esse fato ainda. Segundo o Exército, serviram de causa para os suicídios relacionamentos malsucedidos, "problemas operacionais/ocupacionais" e problemas legais e financeiros. Em relação ao número total de soldados dos EUA, o Exército registrou 17,3 suicídios por cada 100 mil soldados em 2006, incluindo duas mortes ainda sob investigação. Em 2005, essa cifra havia sido de 12,8 por cada 100 mil. No ano passado, 30 dos 99 suicídios confirmados aconteceram em zonas de guerra, segundo os dados. Neste ano, até agora, 44 soldados tiraram a própria vida, entre os quais 17 estacionados ou no Iraque ou no Afeganistão. O número de suicídios em 2006 é o maior desde 1991, ano da Guerra do Golfo, quando 102 soldados norte-americanos se mataram. Mais de 1,5 milhão de soldados dos EUA passaram pelo Iraque e pelo Afeganistão desde 2001. O Exército, maior braço das Forças Armadas norte-americanas, enfrenta uma grande pressão devido a seu envolvimento em várias operações. Os dados sobre o suicídio aparecem depois de uma série de estudos mostrando um aumento no número de problemas mentais surgidos entre os soldados e outros militares dos EUA. Segundo esses estudos, as Forças Armadas não têm fornecido apoio psicológico adequado a seus integrantes.

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