'Supercomitê' dos EUA persiste na negociação da dívida

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O "supercomitê" de redução do déficit dos Estados Unidos está em um ponto difícil das negociações, mas parlamentares disseram no domingo que não haviam desistido de chegar a um acordo até o prazo final, este mês. A comissão especial do Congresso está encarregada de encontrar pelo menos 1,2 trilhão de dólares em cortes orçamentais em dez anos, mas com o prazo final de 23 de novembro se aproximando, republicanos e democratas ainda não fecharam um acordo. "O tempo está se esgotando, mas ainda não se esgotou. Ainda temos tempo, mas não temos tempo a perder," disse o senador republicano Patrick Toomey no programa "Fox News Sunday." "É um momento difícil. Acho que temos um longo caminho pela frente, mas espero que possamos resolver isso muito rapidamente," disse ele. O presidente Barack Obama falou na sexta-feira por telefone com os líderes do comitê - o senador democrata Patty Murray e deputado republicano Jeb Hensarling - e pediu que o comitê cumpra seu prazo. A Casa Branca disse que Obama iria bloquear quaisquer medidas que enfraqueçam o mecanismo de aplicação, que exige que 1,2 trilhão de dólares em cortes de gastos automáticos em 2013 caso o comitê não chegue a um acordo. "É uma montanha-russa," disse Hensarling no programa da CNN "State of the Union." "Não perdemos a esperança, mas se fosse fácil o presidente dos Estados Unidos e o presidente da Câmara teriam resolvido tudo sozinhos." Ele estava se referindo às negociações para a redução da dívida, que Obama e presidente da Câmara, John Boehner, haviam realizado no início deste ano e que não levaram a um acordo. Os republicanos têm sido relutantes em permitir aumentos de impostos, e os democratas não querem concordar com cortes em programas de saúde e aposentadorias até que os aumentos de impostos sejam definidos. O deputado democrata James Clyburn disse na Fox que ainda tinha esperança de chegar a um acordo, mas bem menor esperança que há dez dias. (Reportagem de Tabassum Zakaria)

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