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Terroristas preparavam onda de ataques posteriores ao 11/9, diz WikiLeaks

Documentos com depoimentos de presos de Guantánamo revelam planos de extremistas da Al-Qaeda

Atualização:

WASHINGTON - Integrantes da rede terrorista Al-Qaeda planejavam atacar novos alvos na Europa e nos EUA pouco tempo depois dos atentados de 11 de setembro de 2001 contra o World Trade Center e o Pentágono, revelam documentos com depoimentos de detidos na base de Guantánamo obtidos pelo site WikiLeaks, segundo o canal CNN. Veja também: WikiLeaks: EUA mantiveram presos com problemas mentais em Guantánamo Segundo os papeis, Khalid Sheikh Mohammed, considerado o mentor dos ataques de 2001, preparava novos atentados antes de ser capturado, em março de 2003. Interrogado pelas autoridades americanas, o extremista revelou uma série de planos para criar uma "tempestade nuclear". O aeroporto de Heathrow, em Londres, seria um de seus alvos. De acordo com os documentos, duas células da Al-Qaeda estavam envolvidas no caso - uma que buscaria treinamento para pilotos e outra que recrutaria homens dispostos a executar o ataque, que seria realizado pouco depois do 11 de setembro. Um outro plano, também a ser realizado em 2001, previa o choque de um avião contra "o maior edifício da Califórnia". Vários aeroportos em solo americano, a ponte do Brooklyn, as sedes da CIA e do FBI, usinas nucleares e prédios em Washington também seriam potenciais alvos do Mohammed, que teria pedido ajuda de outros membros da Al-Qaeda no planejamento de tais ataques. Mohammed, porém, não era o único a preparar ataques. Outro detento de Guantánamo, Abu Zubaydah, também planejava enviar terroristas para Chicago, onde causariam uma explosão de gás natural para derrubar um prédio. Os enviados foram detidos. Um terceiro preso, Majid Khan, planejava invadir depósitos subterrâneos de combustíveis para detoná-los. Os documentos relativos aos detentos de Guantánamo compõem o último pacote de material secreto revelado pelo site WikiLeaks, que já divulgou papéis classificados sobre as guerras do Iraque, do Afeganistão e do Departamento de Estado americano. O vazamento de tais documentos ocorre na mesma época em que o líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, foi morto pelos militares americanos.

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