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Homem mata 50 e deixa 53 feridos no maior tiroteio da história dos Estados Unidos

Atirador, identificado como americano filho de afegãos, abriu fogo em casa noturna gay de Orlando; polícia fala em terrorismo e FBI investiga elo com grupos islâmicos

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Por Redação
Atualização:

ORLANDO - O americano e filho de afegãos Omar Mateen, de 29 anos, foi identificado pela polícia como o autor do atentado deste domingo, 12, na casa nortuna Pulse, na Flórida, no que está sendo tratado nos Estados Unidos como o pior ataque a tiros da história do país. Localizado na cidade de Orlando, o local é frequentado pelo público LGBT. Durante o ataque, 50 pessoas foram mortas e ao menos 53 ficaram feridas, incluindo o próprio atirador.

Por volta das 2h locais (3h em Brasília), Omar chegou ao local armado com um fuzil e uma arma de pequeno porte, além de um "dispositivo" ainda não identificado. Ele entrou abrindo fogo no estabelecimento e um policial que trabalhava como segurança revidou a ação com tiros.

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Omar Mateen chegou a fazer reféns na casa noturna. Por volta das 5h (6h em Brasília), ele foi morto por uma agente da SWAT, elite da polícia americana, informou o chefe da polícia de Orlando, John Mina. 

"Às 5h desta manhã foi tomada a decisão de resgatar as vítimas mantidas reféns no local. Nossos policiais trocaram tiros com o suspeito. O suspeito está morto", disse Mina em uma entrevista coletiva.

Terrorismo. Autoridades locais já tratam o caso como um ato de terrorismo. Segundo o FBI, a agência ainda tenta identificar se a motivação do atentado é de cunho homofóbico ou religioso. A polícia faz buscas na casa do atirador e procura no perfil das redes sociais de Omar Mateen informações ou pistas que mostrem ligações com células terroristas. 

"Nos próximos dias iremos procurar entender onde esse indivíduo se inspirou para colocar em prática esse horrível ato de terrorismo", afirmou à rede de televisão CNN o senador pela Flórida Marco Rubio, que qualificou o caso como o pior massacre da história do país.

"Este é um incidente que, a meu ver, certamente pode ser classificado como um incidente doméstico de terrorismo", disse o xerife do condado de Orange, Jerry Deming. Ron Hopper, agente especial do FBI encarregado do caso, disse que não há mais nenhuma ameaça para Orlando e regiões próximas. Questionado sobre algum tipo de conexão que o atirador poderia ter com algum grupo radical islâmico, Hopper limitou-se a dizer que há "sugestões de que o indivíduo tem inclinação para isso".

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Hospital. Dezenas de viaturas policiais, incluindo uma equipe da SWAT, ocuparam a área próxima à casa noturna. Pelo menos duas caminhonetes da polícia foram vistas levando o que seriam as vítimas ao hospital Orlando Regional Medical Center. 

Inicialmente, a polícia disse em sua conta no Twitter que o barulho ouvido perto do local do atentado teria sido uma "explosão controlada".

Um dos frequentadores da casa noturna, Rob Rick, contou que o ataque teve início por volta das 2h da manhã, pouco antes do encerramento da festa. "Todos estavam bebendo o seu último gole", disse. Ele estima que mais de 100 pessoas ainda estavam dentro da casa quando ouviu os tiros. Rick contou também que, quando tudo começou, jogou-se no chão e arrastou-se até à cabine do DJ. /Associated Press

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