Três pessoas são mortas em centros judaicos do Kansas

Suspeito, que ativistas dizem ser antissemita, foi detido pela polícia

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Por Redação
Atualização:

Suspeito por ataques é detido nos EUA - Foto: AP

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OVERLAND PARK, KANSAS - Três pessoas, entre elas um menino de 14 anos, foram mortas no domingo 13 em duas entidades judaicas da região de Kansas City. Um homem foi detido como suspeito, segundo as autoridades.

A polícia disse ser cedo para apontar motivações, mas ativistas disseram que o homem detido é antissemita de longa data. "Sabemos que foi um maligno ato de violência. Obviamente, com duas entidades judaicas, pode-se supor isso", disse o chefe de polícia de Overland Park, John Douglass, em entrevista coletiva. Cerca de 20 mil judeus vivem na região de Kansas City.

O FBI foi chamado para ajudar na investigação. O suspeito foi identificado por autoridades do Kansas como Frazier Glenn Cross Jr., de 73 anos. A ONG Centro Jurídico Sulista para a Pobreza o identificou como Frazier Glenn Miller, antissemita convicto que já foi um "grão-dragão" dos Cavaleiros das Carolinas, um braço da Ku Klux Klan.

O homem está detido sob suspeita de homicídio doloso e deve comparecer na tarde desta segunda-feira, 14, a um tribunal.

Os ataques começaram no Centro Comunitário Judaico da Região Metropolitana de Kansas City, em Overland Park, no Kansas. Dois homens foram baleados no estacionamento em frente ao local e um deles morreu na hora, o outro, mais tarde num hospital, segundo a polícia.

O agressor então percorreu cerca de 1,5 quilômetro até um local chamado Village Shalom, que oferece abrigo e atendimento a idosos e lá matou uma mulher, segundo Douglass.

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As duas primeiras vítimas foram identificadas como sendo Reat Griffin Underwood, de 14 anos, aluno do primeiro ano do ensino médio, e seu avô, William Corporon, segundo nota divulgada por um familiar. Ambos eram metodistas.

Segundo a polícia, o autor dos disparos usou uma pistola de caça e possivelmente outros tipos de armas. O suspeito foi detido no estacionamento de uma escola primária próxima, segundo Douglass.

O policial disse não poder confirmar relatos de testemunhas sobre o suspeito ter gritado "Heil Hitler" quando era levado pela polícia.

O presidente dos EUA, Barack Obama, expressou pesar pelo ataque. "Embora não saibamos todos os detalhes, os relatos iniciais são arrasadores", disse o presidente em nota./ REUTERS

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