
16 de novembro de 2010 | 19h04
TORONTO- O governo do Canadá confirmou nesta terça-feira, 16, que os 950 soldados mobilizados no Afeganistão irão permanecer no país com o papel de instrutores depois que a missão de combate canadense terminar em 2011.
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O ministro de Relações Exteriores canadense Lawrence Cannon disse que eles continuarão na região de Cabul até 2014. A permanência pode ajudar uma crítica escassez de instrutores das forças da Otan.
Segundo o comandante da missão de treinamento da coalizão, o general William Caldwell, a aliança atlântica carece de 900 militares para desempenhar funções de treinamento.
O primeiro-ministro canadense, Stephen Harper, afirmou que os treinamentos serão restritos a bases militares. "Essa missão que estamos autorizando a continuar não permite o combate. Nossos soldados estarão treinando as forças afegãs em bases e salas de aula".
"Nossas forças canadenses servem no Afeganistão há quase dez anos, eles sofreram várias casualidades, é importantes honrarmos o sacrifício que fizeram e consolidar as vitórias que tiveram", acrescentou o premiê.
As tropas canadenses assumiram a responsabilidade pela província de Kandahar em 2005 e sofreram baixas que alarmaram o país, desacostumado a ter soldados em combate.
Mais de 150 soldados canadenses morreram e mais de 1.500 ficaram feridos desde a primeira vez que o Canadá mandou tropas para apoiar a invasão americana ao Afeganistão, ocorrida após os ataques de 11 de setembro de 2001. O país sofreu o maior número de baixas militares per capta de todos os membros da aliança atlântica.
O Parlamento decidiu que a missão de combate em Kandahar terminará em 2011. Harper disse que o país foi pressionado pelos membros da Otan para continuar combatendo, mas que o máximo que poderia fazer seria assumir um papel de treinamento.
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