Vice Biden comandará esforço por novas políticas de armas nos EUA

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Por MARK FELSENTHAL
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O presidente dos EUA, Barack Obama, vai anunciar nesta quarta-feira que o vice-presidente Joe Biden irá liderar os esforços para formular políticas para combater a violência armada, em meio a renovados pedidos por ação depois da morte de 26 pessoas, incluindo 20 crianças, em uma escola primária de Connecticut, na semana passada. Não se espera que o presidente anuncie decisões políticas, mas sim que estabeleça o processo pelo qual seu governo irá avançar, disseram assessores da Casa Branca. Obama já encarregou Biden de assumir um papel importante em iniciativas políticas anteriores, como nos esforços para buscar um compromisso de redução do déficit com os republicanos no Congresso em 2011. A missão de Biden, de coordenar um processo entre as agências governamentais para a formulação de políticas após o massacre de Newtown, acontece poucos dias depois do incidente, que parece ter gerado um clamor nacional por maiores esforços para conter a violência armada. O massacre de Connecticut foi o quarto caso de mortes em massa nos Estados Unidos este ano. O próprio presidente fez um pedido por ação durante um funeral em Newtown, no domingo, exigindo alterações na forma como os Estados Unidos lidam com a violência armada. Obama disse que nas próximas semanas iria "usar todo poder que este gabinete detém" para iniciar esforços a fim de evitar novas tragédias desse tipo. O controle de armas esteve longe das prioridades da maioria dos políticos norte-americanos por anos, devido à popularidade das armas nos EUA e do poder da Associação Nacional dos Rifles, o poderoso grupo de lobby da indústria. No entanto, o horror dos assassinatos em Newtown, em que um jovem de 20 anos matou crianças de 6 e 7 anos e seus professores nas salas de aula, antes de tirar a própria vida, provocou uma aparente mudança de atitude em alguns políticos que se opunham ao controle de armas. O porta-voz da Casa Branca Jay Carney disse que Obama apoiaria o pleito da senadora Dianne Feinstein para restabelecer a proibição a armas de assalto, como os fuzis. O presidente também seria a favor de qualquer lei para fechar uma brecha relacionada a programas de vendas de armas, disse.

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