3 mil protestam no Chile contra demora na reconstrução após tremor

18 foram detidos durante confronto entre carabineros e manifestantes

PUBLICIDADE

Atualização:

Efe

 

PUBLICIDADE

SANTIAGO- Mais de 3 mil pessoas, habitantes da chamada "zona zero" do terremoto que atingiu o Chile em fevereiro, protestaram nesta quarta-feira, 14, contra a lenta reconstrução da região. 18 pessoas foram detidas durante as manifestações.

 

Em Talcahuano, mais de duas mil pessoas, incluindo o prefeito, Gastón Saavedra, marcharam até a Intendência Regional no centro de Concepción, 515 km ao sul de Santiago.

 

Saavedra disse a jornalistas que a manifestação tinha um objetivo fundamental: "Uma lei de reconstrução, e desejamos ser sujeitos da reconstrução, e não objetos dela".

 

Em declarações à Rádio Cooperativa, Cristian Lagos, presidente do Sindicato dos Estaleiros Marítimos, que representa mais de 1.800 pessoas, afirmou que esperam que o governo escute as propostas para um plano de reconstrução de Talcahuano.

 

Enquanto o protesto em Concepción ocorria, um grupo de habitantes do município de San Pedro de la Paz entrou em confronto com os carabineros (polícia militar), após tomarem a ponte Llacolén para pedirem a reparação imediata da ponta João Paulo II, quando 18 manifestantes foram presos.

 

Em Bio Bío, um grupo do vizinho setor Chiguayante protestou para pedir a demolição de suas casas que ainda habitam, apesar dos danos provocados pela tragédia.

Publicidade

 

O terremoto de 8,8 graus da magnitude e posterior tsunami de 27 de fevereiro deixou 486 vítimas fatais identificadas, 79 desaparecidos, 800 mil danificados e perdas de US$ 30 milhões.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.