33 mulheres invadem mina para pedir emprego de volta no Chile

Grupo quer ser recontratado pelo governo, que criou trabalhos de emergência após terremoto de fevereiro

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Por AP
Atualização:

SANTIAGO- Imitando o grupo de mineiros resgatado do fundo de uma mina no norte do Chile, 33 mulheres invadiram nesta terça-feira, 16, uma mina de carvão abandonada para exigir que seus empregos de emergência sejam restituídos.

 

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Usando capacetes de minerador, as mulheres ocuparam a mina a 700 metros de profundidade. Elas ameaçam iniciar uma greve de fome se o governo não recontratá-las no empregos criados para diminuir a recessão gerada pelo terremoto e tsunami de fevereiro.

 

Nas proximidades da mina, há mais de cem mulheres que apoiam as 33. Elas pertencem às localidades de Lota, Coronel e San Pedro de La Paz, na região de Bio Bío, a mais afetada pela catástrofe do início do ano.

 

A mina usada pelas mulheres para protestar foi abandonada há décadas, quando a extração de carvão deixou de ser um negócio rentável, e atualmente é um museu com visitas guiadas.

 

O grupo das 33 foi contratado pelo governo para trabalhos de limpeza e despejo dos escombros deixados pelo tremor. "O que ganhamos é pouco, 138 mil pesos (cerca de US$ 287), mas precisamos disso", afirmou Angela Mellado de dentro da mina.

 

"Se não tivermos nenhuma resposta, começaremos uma greve de fome", ameaçou Cecilia Bustos.

 

O plano de empregos de emergência do governo chileno foi concluído em 4 de novembro, deixando 8.000 pessoas desempregadas. Em outubro, outros 9.500 empregos foram extintos. O governo estuda a recontratação de cerca de 3.000 pessoas.

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