Adoção de crianças haitianas deve ser última opção, diz Unicef

Países ocidentais se dizem dispostos a receber crianças que perderam os pais no terremoto do dia 12

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Por Efe
Atualização:

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) afirmou nesta terça-feira, 19, que a adoção internacional de crianças haitianas que ficaram órfãs após o devastador terremoto é considerada "a última opção".

Tragédia no Haiti:

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linkEUA vão receber órfãos haitianos

"Nossa política é tentar a todo custo encontrar parentes da criança, e conseguir a reunificação familiar. A adoção é vista como a última opção, quando todas as outras tiverem fracassado", disse a porta-voz do Unicef, Veronique Taveau.

Em entrevista coletiva, Taveau insistiu em que a agência da ONU está trabalhando para encontrar e identificar as crianças que ficaram sozinhas após o tremor de terra no Haiti.

"Encontramo-nas, identificamos e registramos, e depois privilegiamos a reunificação com a família, e, quando dizemos família, nos referimos à família ampla, ou seja, tios, primos, avôs ou outros parentes", ressaltou.Taveau reagia assim às informações sobre que, em alguns casos, estão sendo acelerados os trâmites para adoções internacionais após a tragédia do Haiti.A metade da população do país caribenho - que já antes do terremoto era o mais pobre do continente americano - é de menores de 18 anos.Taveau disse não poder dar uma estimativa de quantas crianças ficaram órfãos ou foram atingidas no terremoto, mas disse que, "se as estimativas dizem que cerca de 2 milhões de pessoas foram afetadas, e as crianças são a metade da população, é fácil calcular"

 

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