Advogado de Betancourt diz que não processou Estado colombiano

Colômbia continua a afirmar que processo foi apresentado, e que governo está 'indignado' e 'decepcionado'

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Atualização:

BOGOTÁ - O advogado de Ingrid Betancourt disse em uma declaração não tinha ainda processado o Estado e disse que ele estava procurando uma "reconciliação", após o escândalo na sexta-feira na Colômbia por causa da reivindicação de US $ 6,5 milhões por ter sido sequestrado.

 

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Segundo informações da AFP, o advogado Gabriel Devis disse em um comunicado divulgado por vários meios de comunicação colombianos que a franco-colombiana não processou ninguém, nem ao governo ou às forças armadas ou qualquer das pessoas envolvidas em sua libertação.

 

Davis disse que o pretende, nesta fase, é uma "reconciliação", procedimento clássico antes de uma reclamação administrativa.

 

"A conciliação é uma forma de ajudar a refletir sobre mecanismos de proteção fornecida pelo Estado colombiano para os seus cidadãos vítimas do terrorismo", disse o texto reproduzido no diário El Tiempo.

 

Devis ratificou que "a profunda e permanente gratidão" de Betancourt "com o governo colombiano, as Forças Armadas e todos aqueles que de uma alguma maneira, corajosamente arriscaram suas vidas para garantir sua libertação e a de seus companheiros cativos".

 

O Ministério da Defesa da Colômbia publicou na sexta-feira uma extensa declaração que precisa os detalhes específicos da ação de Ingrid Betancourt, que pede ao Estado que a indenize por falhas de segurança antes sequestro.

 

Segundo o ministério, Betancourt e sua família apresentaram em 30 de junho dois pedidos de procedimentos de conciliação, nas quais exigem uma compensação monetária para um total de 13 bilhões de pesos (cerca de US$ 6.5

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Milhões).

 

Seu escritório confirmou na noite de sexta-feira o pedido realizado para organizar tal reconciliação.

 

O pedido de Ingrid Betancourt - resgatada em 02 de julho de 2008 na Operação Jaque, após seis anos de sequestro - provocou na Colômbia grande indignação, principalmente por parte do Estado.

 

"É uma recompensa global de ingratidão e atrevimento. Estou indignado, triste e decepcionado", disse, entre outros, o vice-presidente Francisco Santos.

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