O aeroporto de Tegucigalpa permanecerá fechado por pelo menos 48 horas, enquanto se "normaliza a situação", depois do confronto de domingo entre militares e manifestantes quando o presidente deposto Manuel Zelaya tentou retornar ao país, informou nesta segunda-feira, 6, uma fonte oficial.
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Por causa dos distúrbios de domingo, que deixaram pelo menos dois mortos, segundo uma fonte oficial hondurenha, houve danos na cerca de arame que circunda a pista do aeroporto, vigiado nesta segunda por policiais e militares.
Os incidentes de domingo se registraram quase no final de uma grande manifestação de seguidores de Zelaya, que tentou ontem chegar a Tegucigalpa a bordo de um avião venezuelano, mas teve a aterrissagem de sua aeronave impedida pelas novas autoridades de Honduras.
Segundo o novo ministro das Relações Exteriores hondurenho, Enrique Ortez, duas pessoas morreram no confronto entre militares e manifestantes. Os incidentes também deixaram uma dezena de feridos, segundo fontes médicas.
O avião do presidente deposto sobrevoou no domingo duas vezes a capital hondurenha, mas os militares impediram o pouso atravessando veículos na pista, até o local onde os manifestantes, que romperam uma parte da cerca, queriam passar.
Segundo autoridades do aeroporto de Tegucigalpa, o fluxo de voos pode voltar ao normal em dois ou três dias. Os seguidores de Zelaya advertiram que os protestos continuarão até que o presidente deposto seja restituído no cargo.