14 de janeiro de 2010 | 06h35
Durante a madrugada desta quinta-feira, 14, começaram a chegar a Porto Príncipe as primeiras ajudas internacionais para as vítimas do terremoto no Haiti. Uma equipe de resgate dos Estados Unidos com 72 especialistas em busca de sobreviventes desembarcou no país e partiu do estado da Virgínia.
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Um avião com 14 toneladas de alimentos e remédios do governo brasileiro também desembarcou no Haiti, levando o ministro da Defesa, Nelson Jobim e o embaixador do Brasil, Igor Kipman, que estava em Brasília no momento do terremoto.
Aviões com ajuda, provenientes da Venezuela e da China também chegaram. Equipes mexicanas, britânicas, dinamarquesas, cubanas e francesas estão a caminho de Porto Príncipe.
Outro navio procedente dos EUA também chegou ao Haiti com mantimentos e remédios para ajudar os desabrigados e feridos pela tragédia. Além disso, outras três unidades procedentes dos Estados Unidos chegarão ao Haiti nas próximas horas.
Saques
Soldados da força de paz da ONU, que já tinham um papel-chave em manter a ordem pública no Haiti mesmo antes do terremoto, têm sido deslocados para controlar focos de intranquilidade, em meio a relatos de saques.
A organização não governamental Médicos Sem Fronteiras (MSF) relatou um "fluxo enorme" de pessoas feridas, muitas delas em estado grave, a clínicas improvisadas.
Remédios
Segundo o porta-voz da MSF no Canadá, Paul McPhun, pacientes com "traumas graves, ferimentos nas cabeças, membros esmagados" têm buscado ajuda nas estruturas provisórias montadas pela organização.
Apesar disso, ele disse que os médicos da ONG têm apenas a capacidade de oferecer aos pacientes cuidado médico básico. Uma das clínicas de emergência da MSF desmoronou com o tremor e duas outras foram gravemente danificadas e não podem ser usadas.
Hans van Dillen, membro da MSF em Porto Príncipe, relatou que há "centenas de milhares de pessoas dormindo nas ruas porque não têm para onde ir".
"Vemos fraturas expostas, ferimentos na cabeça", disse ele em um relato publicado no site da MSF. "O problema é que não podemos encaminhar as pessoas para o atendimento médico adequado neste momento", afirmou.
Com informações da Associated Press e da BBC Brasil
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