O presidente Álvaro Uribe decidiu facilitar neste sábado, 19, a entrega de reféns anunciada pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e reiterou a autorização à senadora opositora Piedad Córdoba para que participe do processo ao lado da Igreja Católica e da Cruz Vermelha.
O anúncio da decisão tomada por Uribe, que hoje se reuniu com parentes de vários sequestrados no aeroporto militar de Bogotá, foi feito pelo alto comissário para a paz, Frank Pearl.
Segundo um comunicado lido por Pearl, durante essa reunião os parentes pediram ao presidente que facilitasse o processo, sem condicionar uma soltura à libertação de todos.
As Farc expressaram há meses sua disposição de libertar de forma unilateral o cabo do Exército Pablo Emilio Moncayo, sequestrado há quase 12 anos, e o soldado Josué Daniel Calvo, assim como entregar o corpo de um capitão da polícia que morreu quando estava retido.
A guerrilha impôs como exigência que a entrega seja feita à senadora, algo que Uribe autorizou em 8 de julho.
Porém, o presidente pôs como condição que as Farc fizessem uma libertação simultânea de todos os
policiais e militares que têm em seu poder, assim como dos corpos dos outros três homens que morreram em cativeiro.
Hoje, o governo retirou essa condição e disse que "reitera a autorização para que a senadora Piedad Córdoba participe do ato de libertação" de Moncayo e Calvo, e na entrega do corpo do policial morto.
O governo afirma também no comunicado que pedirá ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) e à Igreja Católica que busquem uma garantia das Farc para a libertação de todos os sequestrado - 23 para a guerrilha e 24 segundo o Estado.