O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse nesta segunda-feira, 3, que a derrota do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, no referendo sobre a reforma na constituição ocorrido no domingo, 2, foi positiva para a democracia. Veja também: Venezuela vive expectativa após derrota de Chávez Venezuela rejeita reforma constitucional de Chávez Chávez reconhece derrota e parabeniza oposição Resultado é 'vitória da democracia', diz oposição Chávez diz que aceita qualquer resultado Tensão na América do Sul Conheça pontos centrais da reforma Acompanhe a trajetória de Hugo Chávez "Acho que isso foi bom para a democracia", disse ele, referindo-se ao pleito. O ministro também elogiou a maneira como o presidente venezuelano recebeu a derrota. Segundo ele, Chávez acatou o resultado "de uma maneira muito elegante e tranqüila". Amorim relatou ainda que acompanhou durante a noite a apuração dos votos do referendo e destacou sua impressão de que esse processo se deu de forma pacífica, assim como a divulgação de seu resultado. Na última sexta-feira, 30, Celso Amorim avaliou, em entrevista a jornais brasileiros, que não estava ocorrendo cerceamentos aos setores contrários à aprovação da reforma proposta. Chávez foi derrotado neste domingo após um mês de campanha governamental pelo "sim" no referendo. A consulta foi convocada pelo Conselho Nacional Eleitora (CNE) depois que o Parlamento venezuelano aprovou um pacote de mudanças na Constituição impulsionadas pelo presidente. Entre as medidas, o governo propunha o fim dos limites à reeleição presidencial, a diminuição da jornada de trabalho e o controle estatal sobre o Banco Central.