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Antanas Mockus, o azarão excêntrico

SÃO PAULO - Duas vezes prefeito de Bogotá (1995 a 1997 e 2001 a 2003), Antanas Mockus disputa a presidência da Colômbia pela primeira vez, embora tenha apresentado candidatura em 1998, mas posteriormente aceitou ser o vice na chapa de Noemi Sanín.

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O candidato do Partido Verde derrotou outros dois ex-prefeitos da capital nas primárias - Enrique Peñalosa e Lucho Garzón - e lançou sua candidatura baseado na "Legalidade Democrática", o que considera um novo estágio na sociedade colombiana.

 

Considerado o azarão das atuais eleições presidenciais - em quatro meses, seu índice de intenções de voto subiu de 1% para 38% - Mockus é conhecido pelo estilo excêntrico que marcou sua história como acadêmico e prefeito. Durante a campanha pelo governo de Bogotá, o matemático e filósofo costumava se vestir de "Supercidadão" para ensinar boas maneiras aos habitantes da capital da Colômbia.

 

Os métodos incomuns de Mockus, de 58 anos, porém, não lhe encobrem a seriedade e a imagem que mantém ante os colombianos. De centro-direita, transformou Bogotá ao aplicar políticas de combate à violência e ao caos urbano e ganhou bastante popularidade. Entre seus principais feitos enquanto prefeito da capital, estão a redução em 45% dos homicídios e a implementação da cultura cidadã, mantida sob a bandeira da honestidade e transparência pelas quais sua gestão ficou conhecida.

 

Mockus não se diz anti-Uribe, e afirma apenas rejeitar a busca dos resultados a qualquer custo. Em relação à política externa, defende a aproximação tanto com os EUA quanto com a Venezuela, embora não aponte nenhuma mudança brusca nas relações colombianas com as outras duas nações.

 

Filho de imigrantes lituanos, Mockus apresenta-se como a renovação política da Colômbia. Seu principal rival nas eleições do dia 30 de maio será o ex-ministro da Defesa Juan Manuel Santos, candidato do Partido Social da Unidade Nacional e respaldado pelo presidente Álvaro Uribe. O discurso de um país mais verde e cidadão é sua aposta para chegar ao poder.

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