23 de agosto de 2010 | 19h06
O sargento do Exército Pablo Emilio Moncayo foi libertado no fim de março pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) numa região de selva no sudoeste do país, onde foi entregue a uma missão humanitária, pondo fim a um dos sequestros mais longos em meio ao conflito interno.
Depois de sua libertação e um descanso de várias semanas, Moncayo se reintegrou às fileiras militares.
"Saio por questões de segurança, não me sinto seguro, as ameaças estão aumentando, não sei o que as autoridades estão fazendo", declarou Moncayo a jornalistas.
O militar estava em férias no momento em que decidiu sair do país pelas ameaças de morte recebidas por correio eletrônico e através de ligações anônimas a seu celular.
Nem Moncayo nem as autoridades militares forneceram detalhes sobre a origem das ameaças.
O pai do militar, o professor Gustavo Moncayo, que ganhou fama internacional pelas longas caminhadas que realizou para exigir a libertação de seu filho, revelou que nas ameaças o acusam de ser um infiltrado da guerrilha.
Um oficial do Exército disse que Moncayo continua vinculado à instituição e que tem direito a vários meses de férias pelo tempo em que foi reconhecido como ativo enquanto esteve sequestrado.
Moncayo foi sequestrado em dezembro de 1997 em um assalto das Farc a uma base de comunicações do Exército no departamento de Nariño, num ataque em que 10 militares morreram e 18 foram sequestrados.
(Reportagem de Luis Jaime Acosta)
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