Ao menos 17 brasileiros morreram no Haiti, afirma Jobim

Para o ministro, o Brasil deve demonstrar quem tem capacidade de coordenar uma atuação organizada

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Por Redação
Atualização:

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse na quinta-feira, 14, ao voltar do Haiti, que o número de brasileiros mortos no terremoto que devastou o país chega a 17. São 14 militares, a médica Zilda Arns, cujo corpo chegou hoje ao País, o vice-representante da ONU no Haiti, Luiz Carlos da Costa, e uma outra pessoa que ele não identificou. Até agora, quatro pessoas estão desaparecidas.

 

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Hoje à tarde deve chegar à Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos, outra aeronave da Força Aérea, transportando 19 militares brasileiros feridos no terremoto. Um Hércules C-130 também deverá pousar na Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, trazendo civis repatriados.

Ainda segundo o ministro, os corpos dos 14 militares brasileiros mortos devem chegar ao Brasil no máximo até este domingo (17). "Tem que haver uma liberação por parte da ONU. Há toda uma burocracia considerando-se a questão dos seguros [indenizatórios], mas isso é rápido e os corpos devem chegar amanhã (16) ou no domingo".

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Jobim afirmou que o Brasil continuará à frente dos trabalhos de auxílio às vítimas do terremoto.Para o ministro, o Brasil deve demonstrar quem tem capacidade de coordenar uma atuação organizada."Não adianta fazer lamentações, mas sim demonstrar que temos capacidade de agir de forma organizada e racional. E não adianta querer fazer assistencialismo unilateral. O que tem que ser feito é o assistencialismo multilateral, em coordenação com o país, com a ONU [Organização das Nações Unidas] e com os outros países", afirmou Jobim esta madrugada, logo após desembarcar na Base Aérea de Brasília. Durante o tempo que passou no Haiti, Jobim e integrantes da comitiva brasileira sobrevoaram Porto Príncipe e visitaram alguns dos principais pontos comprometidos ou destruídos pelo forte tremor de terra.Ontem , os representantes brasileiros se reuniram com o presidente haitiano, Reneé Preval, a quem apresentaram algumas sugestões, como a de acelerar a abertura de covas para enterrar parte dos corpos já encontrados.

"Conseguimos pelo menos discutir uma certa racionalidade na condução [das buscas e do atendimento médico]. Ao chegarmos, eles estavam todos impactados", disse Jobim, explicando que o Batalhão de Engenharia brasileiro deverá realizar o serviço para minimizar o mau cheiro exalado pelos corpos e evitar a propagação de doenças. "Já que os costumes locais não permitem que estrangeiros toquem em corpos de haitianos, a companhia de engenharia decidiu que irá contratar mão de obra local para isso."  

 

Com informações da Agência Brasil

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