PUBLICIDADE

Aprovação de presidente peruano sobe pelo terceiro mês seguido

Atualização:

A aprovação dos peruanos ao governo do presidente Ollanta Humala subiu em janeiro pelo terceiro mês consecutivo, alcançando seu maior nível em nove meses, apoiada por sua ênfase nos programas sociais e pelo sólido crescimento econômico local, mostrou neste domingo uma pesquisa da Ipsos Apoyo. A popularidade de Humala subiu em janeiro cinco pontos percentuais, para 53 por cento, seu maior nível desde os 56 por cento obtidos em abril de 2012, mostrou o estudo publicado no jornal El Comercio. "O fator diferencial com relação a seus antecessores parece ser o de que o presidente e sua esposa conseguiram transmitir à população que o foco principal de suas preocupações continua sendo melhorar a qualidade de vida dos setores populares", disse Alfredo Torres, diretor da Ipsos Apoyo. Humala, um militar aposentado, assumiu em julho de 2011 com a promessa de levar o crescimento econômico da última década em um país rico em recursos naturais a um terço dos peruanos que ainda vivem na pobreza. Para conseguir isso, pôs em marcha uma bateria de programas sociais, entre eles um que outorga uma aposentadoria aos maiores de 65 anos e outro que concede bolsas de estudo no exterior. "É provável que a política econômica acertada, a destacada atuação da delegação peruana em Haia (por uma disputa marítima com o Chile) e a ausência de grandes conflitos sociais e de escândalos de corrupção sejam fatores que contribuíram para o aumento", acrescentou Torres. A economia peruana segue de vento em popa e teria crescido 6,3 por cento no ano passado --uma das taxas mais altas da América Latina--, segundo estimativas oficiais, sustentada por uma robusta demanda interna. De acordo com a pesquisa, entre os que aprovam a gestão de Humala, 49 por cento o fazem porque consideram que ele está trabalhando em programas sociais para os pobres, enquanto que 39 por cento opinam que está realizando uma mudança para melhor no país. Entre os que desaprovam sua gestão, 52 por cento dizem que ele não cumpre o prometido, enquanto que outros 35 por cento afirmam que "os preços estão subindo", disse a pesquisa. A pesquisa da Ipsos Apoyo foi realizada com 1.214 pessoas e tem uma margem de erro de 2,8 pontos percentuais para mais ou para menos. (Reportagem de Patricia Vélez)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.