29 de julho de 2010 | 20h30
QUITO- O governo da Argentina aproveitou a reunião da Unasul desta quinta-feira, 29, em Quito, que analisa a crise diplomática entra a Colômbia e a Venezuela para entregar à presidência rotativa do organismo o instrumento de ratificação do Tratado Constitutivo da União.
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Durante a inauguração da reunião, o chanceler argentino, Héctor Timerman, entregou o instrumento que ratifica sua adesão ao Tratado da União de Nações Sul-americanas, documento que foi aprovado pelo Parlamento argentino em 9 de junho.
O chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, cujo país preside temporariamente o órgão, recordou que, com a Argentina, já são seis os países da região que assinaram o tratado, e incitou que as seis nações restantes - dentre as quais está o Brasil - o façam "o mais rápido possível". O projeto para a ratificação de Brasília do Tratado da Unasul ainda não foi votado pela Câmara.
Representantes das chancelarias dos doze países da Unasul estão em reunião hoje em Quito depois do presidente Hugo Chávez ter rompido as relações diplomáticas com Bogotá, após a denúncia do governo de Álvaro Uribe sobre a suposta presença de guerrilheiros em território venezuelano na Organização dos Estados Americanos (OEA).
O secretário-geral da Unasul, Néstor Kirchner, é o comandante de uma organização que ainda não foi aprovada formalmente pelos Estados que a constituem, já que o tratado da Unasul não foi ratificado por todos os países que o integram. A própria Argentina liderava um clube do qual não era sócia, já que entregou a ratificação somente hoje.
Para entender
Estabelecida em 2004, pela declaração de Cuzco, a Unasul busca promover a integração em setores como economia, infraestrutura, diplomacia e defesa. O objetivo final é criar um bloco sul-americano não apenas comercial, mas também político, nos moldes da União Europeia.
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Com agência Efe
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