
04 de abril de 2008 | 19h06
A Corte Penal argentina condenou nesta sexta-feira, 4, um casal e um ex-militar pela apropriação ilegal da filha de desaparecidos durante a ditadura militar (1976-1983), no primeiro julgamento promovido pela própria mulher adotada ilegalmente. O tribunal de Buenos Aires condenou Osvaldo Rivas e María Cristina Gómez Pinto, pais adotivos de María Eugenia Sampallo Barragán, a cumprirem pena de sete a oito anos em prisão. Veja também: Manifestações na Argentina lembram início da última ditadura Ainda foi condenado o capitão do Exército Enrique Berthier, acusado de entregar María ao casal. Rivas foi condenado a oito anos por ser "co-autor penal dos delitos de falsidade ideológica de documento público e retenção ilegal de uma menor de anos", explicou Guillermo Gordo, um dos três juízes da Corte, no anúncio da sentença. Sua ex-esposa foi condenada a sete anos, pelas mesmas acusações. O general recebeu a maior pena, de dez anos, "por ser cúmplice e responsável penal do delito de falsidade ideológica de documento público e co-autor do crime de retenção ilegal."
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