O presidente mexicano Felipe Calderón comunicou hoje ter aceito o pedido de renúncia do procurador-geral Eduardo Medina-Mora, artífice da atual estratégia de combate ao narcotráfico. Para seu lugar, o presidente vai indicar o advogado Arturo Chavez, um ex-funcionário do órgão em Chihuahua.
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Medina-Mora estava no cargo desde o início do governo de Calderón, em fins de 2006. Na ocasião, o líder elegeu o combate aos cartéis uma de suas prioridades. Desde então, a guerra ao tráfico mobilizou milhares de soldados e policiais, mas não conseguiu conter a sangrenta disputa entre os cartéis, que resultou na morte de 13,5 mil pessoas. Atualmente, são cerca de 20 mortes por dia.
Além de não conter a violência dos cartéis, o governo mexicano também não conseguiu capturar Joaquin Guzman, o chefe do poderoso cartel de Sinaloa e homem mais procurado do país. Calderón não informou o motivo da renúncia de Medina-Mora. Para ser efetivado no cargo, seu substituto Chavez deve antes ter seu nome confirmado pelo Senado mexicano.
Além da renúncia de Medina-Mora, Calderón informou também outras duas alterações em seu gabinete. O diretor-geral da estatal Pemex, Jesus Rees Heroles, será substituído por Juan Jose Suarez, e o secretário da Agricultura, Alberto Cardenas, será sucedido por Francisco Mayorga.