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Assessor de Lula discute trem elétrico e prospecção de gás com Evo

Marco Aurélio se reuniu com presidente boliviano para abordar projetos de desenvolvimento industrial

Atualização:

Marco Aurélio cumprimenta Evo no palácio presidencial em La Paz.

 

Associated Press e Efe

 

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LA PAZ- Uma delegação do Brasil liderada pelo assessor internacional do presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu nesta quarta-feira, 7, com o presidente da Bolívia, Evo Morales, com o objetivo de abordar projetos de desenvolvimento industrial.

 

Marco Aurélio Garcia, assessor de Lula para Assuntos Internacionais, chegou na terça ao país e também se encontrou com o vice-presidente Alvaro Garcia.

 

"Foi um almoço de trabalho com o presidente em que demos continuidade às conversações que tivemos com o vice; foram abordados vários temas de cooperação e de interesse de empresas brasileiras", disse Garcia a jornalistas.

 

A ministra boliviana de Planejamento do Desenvolvimento, Viviana Caro, disse em coletiva de imprensa que Morales propôs "formar uma empresa multinacional para um trem elétrico que possa ligar Puerto Suárez (leste do país, fronteira com Brasil) com Pisiga (oeste, fronteira com o Chile)".

 

A iniciativa serviria para que tanto Brasil quanto Bolívia pudessem exportar para o mercado asiático através do Oceano Pacífico.

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"Os fluxos de comércio que o Brasil tem com o continente asiático e a posição estratégica da Bolívia permitiriam uma combinação muito interessante, tanto para as exportações dos países da região quanto para as nacionais", disse Viviana.

 

Viviana afirmou que a proposta foi recebida "com interesse" pela delegação brasileira e que será apresentada a outros países e governos da Ásia e da região interessados em associar-se para desenvolver a iniciativa.

No tema do gás, Marco Aurélio afirmou que a Petrobrás quer ampliar a prospecção de gás e petróleo. "As cidades brasileiras estão crescendo e precisamos de muito mais gás boliviano do que temos em nossas reservas", afirmou.

 

O assessor também disse que os dois países têm a intenção de financiar a instalação de um polo energético. Brasil e Bolívia têm em agenda há anos um projeto para a construção de um polo de gás químico na fronteira, para industrializar o gás boliviano.

 

A Bolívia é o maior provedor de gás do Brasil, fornecedor diário de 24 milhões de metros cúbicos do energético, com base em um contrato que vence em 2019.

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