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Ataque contra brasileiros no Suriname mata pelo menos sete

Violência começou em represália à morte de surinamês; cerca de 25 brasileiros ficaram feridos

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Atualização:

Um ataque contra um grupo de cerca de 90 brasileiros no Suriname deixou pelo menos sete mortos e 25 feridos na véspera do Natal. O testemunho é do padre brasileiro José Vergílio, que é responsável pela mídia católica no Suriname, durante entrevista para a Globo News. Ele ressalvou, no entanto, que o número de vítimas pode ser ainda maior. Ele estima que há 91 pessoas feridas.   Sete estão em estado grave e uma mulher grávida acabou perdendo o bebê, informou ao estadao.com.br o embaixador brasileiro no país, José Luiz Machado e Costa. O incidente aconteceu após uma briga entre um brasileiro e um surinamês, que se desentenderam por conta de uma dívida na cidade de Albina.

 

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"Com a morte do morador, cerca de 300 surinameses lançaram um ataque brutal e indiscriminado com facões contra homens, mulheres e crianças que trabalhavam como garimpeiros na região", disse o embaixador. Segundo ele, o número de feridos chegou a 25.

 

A grávida, identificada pela Embaixada como Érica, foi transferida do Suriname - um pequeno país de meio milhão de habitantes - para a Guiana Francesa e não corre risco de vida. Os outros brasileiros vítimas da violência foram realocados para hotéis pelo governo do Suriname, que investiga o episódio. Segundo Costa, o Brasil "não pode duplicar as providências de investigação porque a atitude poderia ser considerada interferência diplomática em assuntos internos."

 

Ainda de acordo com o embaixador, a Força Aérea Brasileira (FAB) disponibilizou um avião para levar mantimentos e roupas para os brasileiros. "Aqueles que quiserem retornar ao País poderão embarcar no voo", acrescentou. Localizada a cerca de 150 quilômetros da capital Paramaribo, a cidade de Albina possui minas de ouro que empregam brasileiros ilegais.

 

 

Texto atualizado às 3 horas.

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