Efe
GENEBRA- O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu nesta segunda-feira, 25, que os direitos humanos dos cubanos sejam respeitados após a piora do estado de saúde do dissidente cubano Guillermo Fariñas, em greve de fome há mais de um mês.
Veja também:
Prisões desumanas levam a greve de fome em Cuba, diz HRW
Farinas, um filho da revolução cubana
O 'pedreiro radical' que desafiou o regime
O porta-voz da organização, Martin Nesirky, afirmou que a ONU continua preocupada com a situação na ilha devido ao "inquietante" estado de saúde de Fariñas e à morte do preso político Orlando Zapata Tamayo em fevereiro, após um jejum de 85 dias.
"O secretário-geral destaca a importância de respeitar os direitos fundamentais dos cidadãos cubanos contida na Declaração Universal dos Direitos Humanos", disse Nesirky em resposta a perguntas da imprensa.
Fariñas recusou nesta segunda um avião-ambulância oferecido pela Espanha após a piora de seu estado de saúde nas últimas horas. O opositor também pediu a liberdade de 26 presos políticos doentes que são motivo de sua greve de fome.
O jornalista e psicólogo piorou devido a uma infecção pela bactéria estafilococo aureus contraída por meio do cateter com o qual se alimenta no hospital, afirmaram fontes de sua família à Efe.
Fariñas iniciou seu jejum em 24 de fevereiro, após a morte de Zapata. O governo considera os dois dissidentes como bandidos comuns e "mercenários" a serviço de Washington.