Banco Mundial prevê que Haiti perderá mais de 15% do PIB

Instituição anunciou doação de 100 milhões de dólares ao país; 80% dos haitianos vivem na pobreza

PUBLICIDADE

Por Efe
Atualização:

O Banco Mundial estimou nesta quarta-feira, 13, que o Haiti perderá mais de 15% de seu Produto Interno Bruto (PIB) por causa do terremoto desta terça-feira.

 

Veja também:

linkMortos no Haiti devem passar de 100 mil, diz primeiro-ministro

linkZilda Arns e 11 militares brasileiros morrem em tremor no Haiti

linkOito mil haitianos buscam refúgio na sede da Viva Rio, diz ONG

linkSargento morto no Haiti voltaria ao Brasil no sábado

linkEm blog, alunos da Unicamp relatam cenas de terror no Haiti

Publicidade

linkEstudo de 2008 já indicava risco de terremoto de magnitude 7

 

PUBLICIDADE

Em 2008, o PIB haitiano teve queda de 15% devido a quatro tempestades tropicais, mas o Banco Mundial acredita que desta vez a destruição superará esse nível, pois o desastre afetou uma área maior e principalmente Porto Príncipe, a capital.

 

"Prevemos que o custo econômico será maior que 15% do PIB de 2008", quando uma série de furacões e tempestades tropicais atingiram o país, disse à imprensa Yvonne Tsikata, diretora das operações do Banco Mundial no Caribe.

 

Estima-se que o PIB do Haiti, a preços de mercado, tenha chegado a US$ 7 bilhões em 2008, o último ano com números disponíveis. Assim, a perda de 15% equivaleria a pouco mais de US$ 1 bilhão. Atualmente 80% da população haitiana vive na pobreza.

 

A doação de US$ 100 milhões, que deve ser aprovada pelo diretório do Banco Mundial para ser confirmada, é a mais alta anunciada até agora por governos e organizações estrangeiras.

 

O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) contribuiu com US$ 200 mil e o Fundo Monetário Internacional (FMI) analisa o uso de uma reserva para ajuda contra desastres naturais.

 

Segundo Tsikata, o Banco Mundial coordena com esses organismos e a Organização dos Estados Americanos (OEA) uma resposta conjunta ao desastre. O tremor destruiu os escritórios do Banco Mundial em Petion-Ville, nos arredores de Porto Príncipe, mas não há relatos de vítimas.

Publicidade

 

Tsikata explicou que embora ainda não haja destino, os US$ 100 milhões poderiam proporcionar fundos ao governo para suas necessidades ou serem canalizados em projetos que o Banco Mundial já tem no Haiti.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.