PUBLICIDADE

Bispos de Cuba pedem que casos como o de Zapata sejam evitados

Religiosos afirmaram ter tentado visitar dissidente várias vezes e pediram ações 'contundentes' contra Havana

Por Efe
Atualização:

A Conferência de Bispos Católicos de Cuba disse nesta quinta-feira, 25, que tentou por várias vezes visitar o preso político Orlando Zapata Tamayo, que morreu na terça-feira após 85 dias de greve de fome e foi enterrado nesta quinta. Os bispos pediram às autoridades que tomem medidas necessárias "para que situações como essas não se repitam".

 

Veja também:

linkDissidente cubano é sepultado com forte esquema de segurança

linkCuba impede ida de opositores a enterro de dissidente, diz ONG

linkApós morte de ativista, Espanha pede que Cuba liberte presos

 

Em um comunicado no qual afirmam que ficaram sabendo da morte do dissidente pela imprensa internacional, os religiosos também disseram que a Igreja é contra o uso de "métodos de reclamação que coloquem a vida em perigo, o que é uma forma de violência que a pessoa exerce sobre si mesma".

 

Publicidade

Segundo a nota, "a Igreja solicitou em várias ocasiões visitar o senhor Zapata, o que não pôde ser realizado". O documento, contudo, não relata quais foram os pedidos nem a quem foram feitos.

 

Para os bispos, uma morte "nestas condições é uma tragédia para todos porque se trata da vida de uma pessoa, que é sempre o bem maior a ser protegido e conservado por todos".

 

Os católicos também ofereceram suas condolências a mãe e demais familiares de Zapata, sepultado nesta quinta, e recordaram que o dissidente era considerado "preso de consciência".

 

"Ódio ao seu povo"

 

Um grupo de exilados venezuelanos lamentou nesta quinta a morte de Orlando Zapata, e pediu que a comunidade internacional empreenda ações "contundentes" contra o governo de Cuba e países que estão se aproximando de "seu sistema político, como a Venezuela".

 

O diretor geral do grupo Venezuelanos Perseguidos Políticos no Exílio (Veppex), José Antônio Colina, disse em uma conferência de imprensa que sua organização rechaça a atitude do regime castrista, "que permitiu a morte do dissidente".

 

"O regime castrista demonstrou ódio a seu povo. Fazemos um pedido aos organismos internacionais para que tomem ações contundentes contra Cuba e exijam que o país libere os presos políticos para evitar que outro morra, porque já não tem esperanças de viver em liberdade", disse o ativista venezuelano.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.