12 de agosto de 2010 | 23h47
BOGOTÁ - Um total de 808 pessoas foram afetadas, das quais 36 ficaram feridas e já receberam alta, e 424 residências foram danificadas por causa do atentado com carro-bomba perpetrado nesta quinta-feira, 12, em Bogotá, segundo o último balanço das autoridades.
Segundo o Sistema Distrital de Prevenção e Atenção de Emergências (Sdpae), a explosão do veículo, carregado com cerca de 50 kg de explosivo, também causou danos em 124 locais comerciais, dezenas de escritórios e 18 veículos. A carga foi detonada em frente ao edifício da rádio Caracol e da agência Efe.
O departamento também informou que no local, uma área financeira e residencial do setor de Chapinero, no norte de Bogotá, 316 famílias foram afetadas, compostas por 699 adultos e 109 crianças.
O Sdpae avaliou 1.668 prédios e 68 ruas "com o fim de barrar o perímetro de afetação e conhecer as consequências do atentado".
Porta-vozes do Ação Social, um escritório estadual de assistência, afirmaram que continuarão atendendo atingidos na região do atentado amanhã.
A ação terrorista causou grande comoção entre os colombianos, e foi perpetrada seis dias depois da posse do presidente Juan Manuel Santos.
Protesto
Centenas de pessoas se concentraram hoje em frente ao edifício que abriga as sedes da Rádio Caracol e a agência Efe em protesto contra o atentado que causou comoção em todo o país.
Com cartazes afirmando frases contra a violência, vários cidadãos foram se aglomerando desde as 18h local em frente ao prédio, em resposta a uma convocação popular que Fois se estendendo sobretudo pelas redes sociais.
Representantes dos meios de comunicação e de organizações nacionais e internacionais compareceram à manifestação pacífica, entre eles o Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos na Colômbia, Christian Salazar.
Também estiveram presentes no local Esteban y Martín Santos, filhos do presidente Santos, que souberam do protesto pelo Twitter.
"Estes eventos terroristas não vão nos intimidar. Mostraremos a fortaleza, a serenidade e sobretudo o caráter e força do povo colombiano", disse o prefeito de Bogotá, Samuel Moreno, que também compareceu à manifestação.
Conforme foi escurecendo, as pessoas foram acendendo velas, mesmo com os veículos dos bombeiros e da polícia iluminando o local, que ainda permanecem na zona.
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