Brasil e México cobram volta de Zelaya ao poder em Honduras

Objetivo dos presidentes Lula e Calderón foi tentar evitar que o assunto caia no esquecimento

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Brasil e México cobraram nesta segunda-feira, 17, a volta do presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, ao poder. O golpe de Estado realizado em Honduras foi um dos temas abordados durante reunião realizada entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Felipe Calderón, que visita a capital brasileira. Segundo fonte do governo brasileiro, o objetivo dos presidentes foi tentar evitar que o assunto caia no esquecimento. "No imediato, a América Latina tem um desafio inadiável: contribuir para que a democracia em Honduras seja restaurada", destacou Lula durante declaração conjunta dos dois presidentes à imprensa, no Itamaraty. "Com esse propósito, México e Brasil tomaram posição firme a favor do retorno imediato e incondicional do presidente Zelaya a Tegucigalpa", complementou. "Não podemos tolerar nem transigir com atentados à ordem constitucional." Calderón também foi enfático. "Referendamos nossa exigência do restabelecimento da ordem constitucional nesse país, mediante o restabelecimento da presidência de Manuel Zelaya, presidente eleito pelos hondurenhos", disse. Zelaya foi retirado do poder por militares no dia 28 de junho e expulso do país, quando pretendia realizar uma consulta popular sobre a possibilidade de se reeleger. Seus opositores consideraram a iniciativa uma tentativa do então presidente de se perpetuar no poder e desrespeitar a Constituição do país. Embora o golpe tenha sido condenado por todo o continente e organismos internacionais como a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização dos Estados Americanos (OEA), o governo de facto liderado pelo presidente Roberto Micheletti não cedeu às pressões crescentes para permitir o retorno de Zelaya.

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