13 de janeiro de 2010 | 10h58
O Comando do Exército informou nesta quarta-feira, em Brasília, que o Ministério da Defesa está estudando o envio de tropas adicionais ao Haiti, após o terremoto que atingiu o país, na terça-feira, 12.
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Segundo o general Carlos Alberto Neiva Barcellos, chefe de Comunicação do Exército, um dos maiores obstáculos é o excesso de escombros pelas ruas de Porto Príncipe, que estão inviabilizando o deslocamento de veículos.
O general Neiva disse ainda que a população civil haitiana tem se deslocado "em massa" em direção à base do Comando do Batalhão brasileiro, que foi menos atingida pelos abalos.
Ainda de acordo com ele, essas pessoas estão procurando socorro e auxílio no resgate dos feridos. A maior parte dos 1.266 militares brasileiros que atuam no Haiti estava na base na hora do tremor.
O Comando do Exército informou também que o rodízio das tropas brasileiras que acontece a cada seis meses foi suspenso temporariamente, sem previsão de quando será retomado.
Ajuda humanitária
O governo brasileiro vai enviar US$ 10 milhões em ajuda humanitária para o Haiti, após o terremoto 7 graus na escala Richter da terça-feira, 12. Oito aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB)estão sendo preparadas nesta manhã, no Rio de Janeiro e em Manaus, para levar água e alimentos às vítimas do terremoto no Haiti, na América Central.
De acordo com a FAB, os aviões são do modelo C-130 Hércules (três), Boeing 707, todos no Rio de Janeiro, além de quatro C-105 Amazonas, que partiram rumo ao Haiti via Manaus.
Ontem, uma aeronave da FAB que transportava militares do próximo contingente para o Haiti não conseguiu pousar em Porto Príncipe, capital do País, tendo retornado à Boa Vista (AC).
Jobim vai ao Haiti
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, parte na manhã desta quarta-feira, 13, para o Haiti, em companhia do embaixador do Brasil no país, Igor Kiepman e equipes dos Ministérios da Defesa e Relações exteriores.
Devido às más condições da pista do Aeroporto do Haiti, o avião usado será de pequeno porte da Força Aérea Brasileira (FAB), que parte às 11 horas da Base Aérea de Brasília, segundo informações do Itamaraty.
Mais cedo, Jobim e Amorim se reuniram com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir a questão.
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