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Camponeses colombianos deixam o Equador

Atualização:

Centenas de camponeses colombianos que trabalham no cultivo ilegal de coca e fugiram na semana passada para o Equador voltaram na quinta-feira para suas comunidades, após receberem do governo a promessa de mecanismos rentáveis para abandonar sua atividade atual. Os colombianos chegaram paulatinamente à localidade equatoriana de San Lorenzo, cerca de 170 quilômetros a noroeste de Quito, para pressionar o presidente colombiano, Alvaro Uribe, a abandonar um plano de erradicação manual da coca, matéria-prima da cocaína, e exigir alternativas de subsistência. O retorno ocorreu depois que uma comissão de autoridades colombianas se comprometeu a analisar os pedidos dos camponeses, cujo deslocamento ao país vizinho foi atribuído inicialmente a uma situação humanitária. Uma vez conhecida a real motivação deles, houve mal-estar por parte de Quito. "Chegou-se a um feliz acordo, que permitiu o retorno", declarou o embaixador da Colômbia no Equador, Carlos Holguín, sem citar detalhes. Pelo menos 1.500 colombianos estiveram envolvidos no deslocamento, um dos maiores em vários anos. O episódio provocou atrito entre os dois países e ultrapassou a capacidade equatoriana de atender aos refugiados. "Desde hoje se iniciou o retorno dos deslocados. Está sendo realizado de maneira ordenada", disse à Reuters o prefeito da miserável San Lorenzo, Gustavo Samaniego.

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