
24 de novembro de 2011 | 09h11
Peña Nieto, cuja vitória na eleição marcaria o retorno do Partido Revolucionário Institucional (PRI) ao poder no México, propôs realizar uma reforma constitucional para conseguir maior abertura no setor petrolífero, o principal sustentáculo da economia do país - a segunda maior da América Latina.
"Pra mim, parece que se continuamos esperando que somente a Pemex desenvolva a infraestrutura e sua capacidade produtiva de exploração, de produção, de refino, de petroquímica básica, teremos de esperar muito tempo", declarou o candidato à emissora Foro TV.
"Estamos perdendo uma janela de oportunidade para atrair grandes investimentos que gerem empregos e aproveitem o potencial desta empresa", acrescentou.
O México é o sétimo maior produtor mundial de petróleo, mas suas reservas sofrem um preocupante declínio.
O presidente Felipe Calderón conseguiu em 2008 que o Congresso aprovasse uma reforma que pela primeira vez permitiu a participação do setor privado em áreas como exploração e produção de petróleo este ano, mas atualmente as autoridades e analistas da indústria acreditam que essa abertura é insuficiente.
O México é um importante fornecedor de petróleo para os Estados Unidos e está tentando elevar sua produção para recuperar o nível de 3 milhões de barris por dia (bpd) que registrou em 2004. Atualmente a produção está em cerca de 2,5 milhões bpd.
(Reportagem de Anahí Rama)
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