Caso de haitiano resgatado 28 dias após tremor ainda é mistério

Não foi esclarecido se homem estava sob destroços desde 12 de janeiro, e se estava sendo alimentado

PUBLICIDADE

Por Associated Press
Atualização:

Médicos da Universidade de Miami no Haiti estão cuidando de um homem resgatado nesta segunda que, de acordo com outros dois haitianos, estava sob escombros desde o terremoto de 12 de janeiro, mas que pode ter recebido comida e água enquanto estava soterrado.

 

PUBLICIDADE

A afirmação dos dois haitianos que levaram o sobrevivente Evans Monsigrace, de 28 anos, a um hospital de campanha de Porto Príncipe, não foi confirmada pelos médicos do local.

 

Segundo um porta-voz da universidade, apesar de estar seriamente desnutrido e desidratado, o estado de saúde de Monsigrace é estável, e sua função renal é regular, o que sinaliza que ele recebeu comida e água ao menos por uma semana se ele esteve soterrado desde o dia do terremoto.

 

De acordo com funcionários do hospital, Evans

VEJA TAMBÉM:
video Assista a análises da tragédia
mais imagens As imagens do desastre
blog Blog: Gustavo Chacra, de Porto Príncipe
especialEntenda o terremoto
especialInfográfico: tragédia e destruição
especialCronologia: morte no caminho da ONU
lista Leia tudo que já foi publicado

chegou ao local delirando, e pedindo para morrer, mas agora consegue responder a questões básicas. O homem terá de ficar internado ao menos por uma semana.

 

Muitos detalhes do caso ainda estão obscuros. Não se sabe porque equipes de resgate não foram alertadas antes se pessoas o estavam dando água e comida, ou mesmo se realmente alguém o alimentou enquanto estava sob os destroços.

Publicidade

 

O terremoto de grandes proporções que atingiu a nação caribenha em 12 de janeiro matou 230 mil pessoas, segundo a última contagem oficial do governo haitiano, o que iguala a catástrofe ao mortífero tsunami que atingiu 14 países da Ásia e leste da África em 2004, matando 228 mil pessoas.

 

A última sobrevivente encontrada do terremoto haitiano foi uma garota de 16 anos que ficou 15 dias sob destroços da universidade de Porto Príncipe. De acordo com médicos, sobreviventes podem conseguir se sustentar soterrados tendo água e comida ao seu alcance e sem cuidados médicos por cerca de duas semanas.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.