MONTEVIDÉU- Um catequista que dá aulas de moral em uma escola católica foi preso por suspeita de abusos a estudantes e libertado logo depois, mas o caso continua nas mãos da Justiça, informou uma fonte policial nesta quarta-feira, 15.
O inspetor policial Juan C. Duré, chefe de relações públicas, confirmou a AP a detenção do professor de 36 anos, mas depois a imprensa informou que o suspeito foi deixado em liberdade, ao menos temporariamente.
O professor não foi identificado porque a Justiça uruguaia não permite a revelação de nomes de suspeitos que não tem antecedentes criminais, como no seu caso.
Segundo a rádio El Espectador, o catequista acusado de violentar meninas em um colégio particular foi libertado porque a Justiça entendeu que precisa de mais provas psiquiátricas e o prazo de 48 horas que a lei estabelece para interrogar um detido venceu.
O colégio Clara Jackson de Heberde, das irmãs Dominicanas da Annunciata, não fez comentários.
Raúl Panzera, pai de um aluno de 12 anos do instituto que denunciou o professor junto a outros pais, disse que o catequista "tinha antecedentes de assédio a companheiras de trabalho quando trabalhava no colégio Santo Domingo, anos atrás, e foi suspenso de suas atividades".
A Associação Uruguaia de Educação Católica (AUDEC) disse em um comunicado em 13 de agosto que uma mãe denunciou "a atitude inadequada de um educador". Em 3 de setembro, foi feita uma denúncia policial.