Chanceler venezuelano discute plano de paz para a Colômbia com Lula

Nicolás Maduro iniciou giro pela América Latina para falar sobre plano a ser apresentado na Unasul

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Por Rafael Moraes Moura
Atualização:

BRASÍLIA- O chanceler venezuelano Nicolás Maduro discutiu nesta segunda-feira, 26, com o Brasil um plano de paz para a resolução da crise instalada entre o regime de Hugo Chávez e a Colômbia.

 

 

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Maduro encontrou-se em Brasília com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o secretário-geral do Itamaraty, Antônio Patriota. Maduro deu início, pelo Brasil, a um rápido giro pelos países vizinhos, com o intuito de discutir um plano de paz que deve ser apresentado nesta quinta-feira, na reunião da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), em Quito.

 

"Como todos sabem, o nosso governo é de paz, com vocação sul-americanista, latino-americanista", disse Maduro, após sair da reunião no Centro Cultural Banco do Brasil, sede provisória do governo. "O presidente Chávez é um combatente pela união e integração (sul-americana)."

 

Maduro deve viajar para o Paraguai, Uruguai, Argentina, Chile, Peru e Bolívia para "ampliar a informação" e "levar uma mensagem do presidente Chávez" às autoridades locais. O objetivo, diz, é colocar em pauta um plano de paz para tratar das tensões regionais.

 

"Estamos trabalhando para construir a confiança entre os dois países e manter a tranquilidade até a transmissão do poder na Colômbia", afirmou Patriota.

 

 Lula viajará para Caracas no dia 6 de agosto para reunir-se com Chávez e no dia seguinte assistirá em Bogotá aos atos de posse de Juan Manuel Santos, presidente eleito da Colômbia.

 

 Chávez rompeu as relações diplomáticas da Venezuela com a Colômbia depois que o embaixador colombiano na Organização de Estados Americanos (OEA) apresentou denúncia sobre a presença de guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em território venezuelano.

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A tensão entre vizinhos aumenta às vésperas da posse de Santos, que assumirá o governo da Colômbia no próximo dia 7, sucedendo ao atual presidente, Álvaro Uribe. Em entrevista ao jornal El tiempo, de Bogotá, Uribe disse que não entende por que "existindo tanta clareza nas normas do direito internacional, esses terroristas ainda não tenham sido capturados".

 

 

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