O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou o rompimento de "todo tipo" des relações diplomáticas com a Colômbia nesta quarta-feira, 28, e disse que só voltará a restabelecê-las quando o seu colega colombiano, Alvaro Uribe, deixar a presidência. Veja também: Colômbia diz que não vai retirar embaixador de Caracas Chefes de Estado devem deixar raiva e vaidade de lado, diz Uribe Chávez acusa CNN de incentivar o seu assassinato Chávez chama Uribe de 'triste peão' dos EUA e Colômbia reage Especial: Tensão na América do Sul "Estou avisando ao mundo. Enquanto Uribe for presidente da Colômbia, não terei nenhum tipo de relação com ele e nem com o governo da Colômbia. Não posso, por dignidade", declarou Chávez, que participava de um comício. A Venezuela chamou na terça-feira para consultas seu embaixador em Bogotá, Pável Rondón, após congelar no domingo as relações entre ambos os países, por causa da decisão de Uribe de pôr fim à mediação de Chávez na troca humanitária de reféns das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) por guerrilheiros detidos. Ao justificar sua decisão de chamar o embaixador, também na terça-feira, Chávez chamou Uribe de "triste peão do império". Falando no Estado de Tachira, Chávez disse que não manterá qualquer relação com um "presidente cara-de-pau que é capaz de mentir e desrespeitar outro presidente que ele chamou de amigo, alguém a que ele pediu por ajuda". Respondendo às provocações de Chávez, antes do congelamento das relações, Uribe disse que seu colega venezuelano deveria para de atuar com "raiva e vaidade". O presidente colombiano é o principal aliado dos Estados Unidos na América do Sul. A disputa deve prejudicar o comércio de US$6 bilhões entre os dois países.
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