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Chávez decreta feriado de 5 dias na Venezuela para economizar energia

Represa de El Guri, a principal do país, pode alcançar 'nível crítico' em junho

Atualização:

Efe

 

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CARACAS- O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou nesta quarta-feira, 24, que haverá feriado entre segunda-feira e sexta-feira da semana que vem para contribuir com o plano de economia de energia elétrica vigente no país.

 

"Decretamos feriado na segunda-feira, terça-feira e quarta-feira", anunciou o presidente venezuelano. Esses dias se juntarão à Quinta-Feira Santa e à Sexta-Feira Santa.

 

"O objetivo fundamental disso não é a fraqueza", disse Chávez em um diálogo informal com esportistas retransmitido por emissoras estatais de televisão.

 

"É preciso economizar energia. Não se esqueça de apagar a luz e fechar as torneiras", acrescentou, ao anunciar também que haverá nas próximas horas uma verificação das condições da usina hidrelétrica de El Guri, que responde por 70% do consumo nacional e sofre com a seca.

 

Chávez previu que, caso o nível da represa da usina de El Guri continue caindo 13 centímetros por dia, se chegará ao "nível crítico" para o primeiro dos dois conjuntos de turbinas em meados de junho.

 

Além do plano de economia de energia, com multas e suspensões do serviço para empresas e domicílios que não reduzam seu consumo em pelo menos 20%, o governo venezuelano iniciou uma ofensiva de compra internacional de equipamentos de geração de energia termoelétrica a um custo de pelo menos US$ 1 milhão por megawatt, segundo Chávez.

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A campanha em favor de uma redução do consumo de energia, que também inclui incentivos, não obedece unicamente à seca, mas se justifica também pelo fato de a Venezuela ser o país de maior consumo per capita de eletricidade na América do Sul, o que sugere um desperdício generalizado de energia, como Chávez faz questão de destacar.

 

Segundo o presidente venezuelano, a grave crise energética é consequência de uma seca provocada pelo fenômeno climático El Niño, enquanto seus opositores denunciam uma suposta falta de investimentos públicos no setor de geração de energia.

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