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Chávez é recebido como estrela de cinema em Veneza

Caminhando no tapete vermelho, presidente venezuelano jogou flores e tirou fotos do público

Por Agência Estado e Associated Press
Atualização:

Chávez e Oliver Stone, diretor do filme "South of the Border", que conta a história do presidente. Foto: AP

 

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VENEZA - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, teve uma recepção de estrela de cinema no Festival de Veneza. Nesta segunda-feira, 7, o venezuelano desfilou no tapete vermelho ao lado do diretor Oliver Stone para a estreia do documentário "South of the Border". A segurança no lado externo do Casino foi reforçada com a polícia armada checando bolsas.

 

Milhares de admiradores saudaram o líder venezuelano e alguns gritavam "presidente, presidente". Chávez lançou uma flor para a multidão e tocou seu coração. Em um ponto, ele pegou uma câmera de um fotógrafo para tirar uma foto.

 

Em uma entrevista coletiva à imprensa em Veneza, o diretor americano Oliver Stone disse que fez o documentário para mostrar "os ataques ridículos da imprensa (americana) contra Chávez". Ele acrescentou que não fez o filme somente por este motivo, mas por acreditar que o presidente venezuelano "é um grande fenômeno, protagonista de mudanças positivas em seu país".

 

Stone se recusou a comentar os protestos recentes ao nível internacional que tem sido feitos contra Chávez dizendo que não sabia muito a respeito porque estava viajando. De qualquer maneira, apontou que o presidente da Venezuela "é muito popular na América Latina, já que continuou sendo eleito por 12 vezes". "A Venezuela estava dividida em duas e Chávez tem feito grandes melhorias para superar a pobreza, com mudanças que tem sido fantásticas desde que assumiu", afirmou Stone.

 

O diretor reiterou suas críticas ao Fundo Monetário Internacional (FMI), como o faz no documentário. "O FMI não é popular na América Latina, onde criou problemas econômicos notáveis, reconhecidos inclusive pelo Banco Mundial. Se trata de uma organização neoconservadora que na Argentina em 2001 provocou a desvalorização e Chávez foi o primeiro a desafiá-la", assegurou Stone.

 

O documentário traz depoimentos de sete líderes latino-americanos: a presidente da Argentina Cristina Fernández de Kirchner, o da Bolívia Evo Morales, Luiz Inácio Lula da Silva do Brasil, Rafael Correa do Equador, Fernando Lugo do Paraguai e Raúl Castro de Cuba, com comentários elogiosos sobre Chávez.

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Quando questionado sobre porque não havia entrevistado a presidente do Chile, Michele Bachelet, Stone declinou em responder e deixou que o escritor Tariq Ali, que assina o roteiro do documentário, explicar que a ausência da líder chilena foi em virtude de problemas logísticos. O diretor, porém, acrescentou sorrindo que a incluiria em uma segunda parte do filme.

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