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Chávez elogia postura russa em relação ao conflito na Síria

'Felizmente temos a Rússia, que adotou uma postura forte contra a posição militar contra a Síria', disse o venezuelano

Atualização:

CARACAS - O presidente venezuelano, Hugo Chávez, elogiou a Rússia por sua posição em relação ao conflito na Síria e acusou a Liga Árabe de se aliar com o "império" dos EUA nesse conflito e na guerra do ano passado na Líbia.

Veja também:link Rebeldes sírios anunciam fim de compromisso com plano de paz de Annanlink Assad diz que Síria enfrenta 'verdadeira guerra' contra o terrorismoO líder socialista da Venezuela é um crítico duro dos Estados Unidos e expressa seu apoio ao presidente da Síria, Bashar al Assad, como fazia com o ex-líder da Líbia Muammar Gaddafi, morto. "Felizmente temos a Rússia, que adotou uma postura forte contra a posição militar contra a Síria", disse Chávez em um telefonema à televisão estatal venezuelana na noite de domingo, acrescentando que nenhum tumulto desse tipo poderia acontecer na América Latina. "A Liga Árabe se aliou ao 'império'. Pediu que a Líbia fosse atacada. Isso nunca aconteceria na América Latina. Aqui há um processo (revolucionário) em curso." Ataques aéreos ocidentais ajudaram a pôr um fim ao governo de Gaddafi na Líbia no ano passado. Não houve tal consenso internacional para uma intervenção armada na Síria, apesar de 14 meses de derramamento de sangue. Um grupo de oposição síria disse nesta segunda-feira, 4, que os rebeldes mataram pelo menos 80 soldados no fim de semana em uma onda de ataques que se seguiu à ameaça deles de retomar a luta se o presidente não cumprisse um cessar-fogo apoiado pela ONU. Os críticos de Chávez, que é candidato à reeleição em outubro apesar de estar lutando contra um câncer, dizem que o apoio a Assad -assim como seu apoio anterior a Gaddafi- mostra suas próprias tendências ditatoriais. A Venezuela tem enviado diesel para a Síria apesar das sanções ocidentais ao governo em Damasco. O país membro da Opep se aproximou de Moscou no governo Chávez, comprando bilhões de dólares em armas e abrindo sua indústria de petróleo ao investimento por empresas russas.

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