Chávez lamenta fim da mediação com Farc; aguarda provas de vida

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O presidente venezuelano, Hugo Chávez, disse na noite de quinta-feira que lamenta a decisão de seu par colombiano, Alvaro Uribe, de encerrar a mediação feita por ele para a libertação de dezenas de sequestrados pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Uribe cancelou as negociações de Chávez com a guerrilha na noite de quarta-feira, após o presidente da Venezuela ter perguntado ao comandante do Exército colombiano, Mario Montoya, sobre reféns em poder das Farc, em uma conversa telefônica não autorizada. "Por uma razão que para mim não parece ser uma razão... sem nenhuma ligação nem sequer para perguntar por isso ou aquilo, tarde da noite, meia-noite, o presidente Uribe decidiu suspender o trabalho que eu estava fazendo. Bom, lamento", disse Chávez durante ato com trabalhadores. "Respeito a decisão do presidente Uribe. Lamento muito, pela Colômbia (...), pelos prisioneiros: tanto os que estão nas mãos da guerrilha, como os que estão nas prisões colombianas, que são guerrilheiros e guerrilheiras, e seus familiares." O venezuelano garantiu que continua esperando pelas provas de vida dos sequestrados e pediu ao líder da guerrilha, Manuel Marulanda, que as envie. Chávez fazia a mediação desde agosto após pedido da Colômbia para tentar libertar 49 sequestrados pela maior guerrilha de esquerda do país, em uma troca por mais de 100 milicianos. Os familiares dos reféns, que confiavam na mediação de Chávez, se mostraram desesperançados após o fim de sua participação. Entre os reféns estão a ex-candidata presidencial Ingrid Betancourt, que tem cidadania francesa e colombiana, três norte-americanos, além de políticos e agentes de segurança da Colômbia. Alguns estão sequestrados há 10 anos. A Colômbia assegurou que irá continuar na busca pela liberdade dos reféns. (Por Patricia Rondón Espín)

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