O presidente venezuelano, Hugo Chávez, pediu nesta sexta-feira, 10, ao líder dos Estados Unidos, Barack Obama, que reconsidere o "erro gravíssimo" de sua secretária de Estado, Hillary Clinton, de promover um diálogo que favoreça o chefe de Estado autoproclamado de Honduras, Roberto Micheletti. "Estamos enfrentando este gravíssimo erro com boa fé, diante do que se transformou em uma armadilha para a democracia", disse com Chávez, que qualificou Micheletti como "um usurpador" que deveria ter sido preso na quinta-feira na Costa Rica.
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O chefe de Estado venezuelano acrescentou que não tem certeza "se ela (Hillary) consultou Obama" sobre esse diálogo, que avaliou como "já abortado e sepultado", embora ainda fique "alguma chama acesa". Depois de exigir de Washington que, além de retificar, "faça algo mais", como retirar vistos, congelar propriedades e contas bancárias americanas "dos golpistas", Chávez denunciou planos de golpes de Estado similares na Guatemala, Nicarágua e El Salvador.
O presidente da Costa Rica, Oscar Arias, que atua como mediador nos diálogos entre delegações do presidente hondurenho deposto, Manuel Zelaya, e de Micheletti, eleito pelo Congresso após o golpe militar, se emprestou a este "precedente nefasto", lamentou.