A estatal Codelco começará a perfurar nesta segunda-feira um buraco para resgatar os 33 mineiros presos desde 5 de agosto na mina San José, no norte do Chile. Além disso, técnicos chilenos envolvidos na operação elaboraram um plano alternativo, de acordo com informações do jornal espanhol El País. Segundo o diário, esse "plano B" consistiria em alargar um dos três buracos já feitos.
Veja também: Risco de doenças é a maior ameaçaContato com o exterior ameniza estresse Assista ao vídeo enviado pelos mineiros chilenos Especial: Os piores acidentes em minas da década Ainda assim, o prazo estudado para o resgate é de entre três e quatro meses. Chegaram a ser divulgadas notícias no país de que haveria um plano para retirar os homens em um mês, o que foi negado pelo governo. Segundo o jornal espanhol, um engenheiro disse que, caso o novo plano seja bem-sucedido, o tempo do resgate poderia passar para dois meses.Nesta segunda-feira, a Codelco iniciará os trabalhos para fazer o buraco que deve, em princípio, ser aquele pelo qual os mineiros passarão. O primeiro passo será fazer um "buraco piloto", similar em tamanho aos outros três. Máquinas maiores começarão devagar a alargar o buraco, fazendo com que a rocha esmagada caia até a área onde estão os mineiros. Os homens presos também devem ajudar nos trabalhos, retirando o entulho que cai no refúgio. Os 33 mineiros sobreviveram por 19 dias com uma dieta racionada de duas colheres de atum enlatado, um gole de leite e meio biscoito a cada 48 horas.O único canal de comunicação com o exterior tem 15 centímetros de diâmetro. É por lá que as equipes de resgate começaram a enviar soro e rações de proteína e glicose, semelhantes às consumidas por astronautas. Dentro da mina, os mineiros contam com acesso à água e canais de ventilação.O resgate será feito por uma perfuradora que abrirá caminho no solo. Andres Sougarret, chefe da operação, afirmou que o período para abrir um túnel largo o bastante para a passagem segura dos homens pode levar até quatro meses. Leia ainda: Pela primeira vez, mineiros falam com familiares