Pessoas esperam ônibus às escuras na cidade de Vina del Mar. Foto: Eliseo Fernandez/Reuters
Um apagão deixou praticamente todo o território do Chile sem luz neste domingo, 14, às 20h40 local (mesmo horário de Brasília).
Segundo o ministro do Interior, Rodrigo Hinzpeter, um problema com um transformador de 500 kilowatts localizado na subestação Charrua, na região de Bio Bio - uma das mais afetadas pelo tremor - gerou o apagão, que não está relacionado com um novo terremoto.
A estação, pela qual passam 1000 MW de energia elétrica, é uma parte chave da coluna vertebral do sistema interconectado chileno.
"Felizmente a falha foi detectada (...) a luz está chegando progressivamente e esperamos que nas próximas horas o serviço se restabeleça", disse o ministro à imprensa.
O apagão atinge desde a cidade de Taltal, no norte do país, até a ilha de Chiloé, no sul, que distam aproximadamente 3.500 km uma da outra, e afeta serviços de telefonia fixa e celular. A queda obrigou o Metrô a interromper seus serviços na capital do país, cujas estações foram esvaziadas.
A distribuidora elétrica Chilectra, filial da espanhola Endesa, disse que desconhece a origem do corte de energia e que a empresa deixou de receber eletricidade do sistema interconectado central na hora que se produziu o apagão generalizado, ao redor das 21h local.
O diretor da Chilectra, Juan Pablo Larraín, considerou prematuro relacionar o apagão com o terremoto.
Lentamente, o serviço vai retornando em Santiago e outras cidades do país, como a costeira Vina del Mar e Valparaíso.
Hizpeter disse que o serviço voltaria à normalidade à meia noite local (mesmo horário de Brasília).
O presidente do Chile, Sebastián Piñera, se reunião com o ministro do Interior no Palácio da Moeda logo após o apagão, e está em contato com o diretor da ONEMI, Vicente Núñez.
Núñez pediu que a população permaneça tranquila em suas casas até a energia voltar.
Nas regiões de Maule e Biobio, as mais castigadas pelo terremoto, a queda de energia coincide com um toque de recolher decretado pelas autoridades para manter a ordem pública.
Notícia atualizada às 23h29 para acréscimo de informações