Soldado faz a segurança do Estádio Nacional, em Santiago do Chile, que será usado para a votação deste domingo. Foto: Reuters/Marco Fredes
SANTIAGO DO CHILE - Cerca de oito milhões de chilenos estão convocados neste domingo, 13, às urnas para escolher o presidente do país que sucederá a socialista Michelle Bachelet durante os próximos quatro anos. O Chile realiza hoje as eleições presidenciais mais disputadas de sua história recente, que podem consolidar o reformismo progressista de Michelle Bachelet, ou abrir caminho para um governo conservador.
Além disso, metade do Senado, de 38 membros, será renovado e a totalidade da Câmara dos Deputados, de 120 assentos.
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As últimas pesquisas mostram Sebastián Piñera, acionista majoritário da companhia aérea LAN, como principal favorito, embora seja pouco provável que obtenha a maioria absoluta, por isso que teria que concorrer em um segundo turno no dia 17 de janeiro. O último levantamento divulgado antes da eleição coloca Piñera com 44% dos votos em primeiro lugar. Frei é o segundo, com 31%. Ominami tem 18%.
Os três asseguram que farão do Chile um país próspero, moderno e desenvolvido, um país de economia aberta e um papel cada vez mais ativo e influente no cenário internacional. Todos elogiam o pragmatismo de Lula e as reformas sociais de Michellle Bachelet e rejeitam os caudilhismos populistas, que acusam de denegrir as estruturas do Estado democrático.
Para o pleito parlamentar, as pesquisas e os analistas concordam que continuará o equilíbrio mantido desde 1990 entre Governo e direita. A grande novidade seria o retorno do Partido Comunista ao Poder Legislativo, do qual está ausente desde 1973.
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