
15 de dezembro de 2013 | 10h48
Bachelet recebeu 46,6 por cento dos votos no primeiro turno em novembro. Analistas afirmam que ela não deve encontrar problemas para superar a rival de direita Evelyn Matthei, que conseguiu 25,01 por cento.
A candidata socialista popular, que governou o Chile entre 2006 e 2010 capitalizou o descontentamento com as políticas sociais do presidente Sebastián Piñera, um multimilionário conservador. Apesar de sua economia vibrante, o maior exportador de cobre do mundo enfrenta a desigualdade entre ricos e pobres.
Bachelet prometeu revolucionar a educação pública no país de 16,6 milhões de habitantes, por meio do aumento dos impostos das empresas.
"Neste domingo devemos dizer maciçamente que o Chile quer mudanças de verdade, com responsabilidade, seriedade e sem ofertas de última hora", disse a médica de 62 anos durante o ato de encerramento de sua campanha.
"Será uma grande honra voltar a ser a presidente de todos os chilenos e chilenas", acrescentou.
Uma vitória de Bachelet não representaria uma mudança radical para a esquerda, nem uma mudança no curso da sexta maior economia da América Latina. Sua coalizão, que abarca desde democratas cristãos até socialistas, governou o Chile por 20 anos desde o fim da ditadura de Augusto Pinochet, em 1990.
Matthei tem a desvantagem de entrar para a disputa no final da corrida. Analistas afirmavam que a candidatura da ex-ministra do Trabalho poderia sofrer por causa do desgaste de Piñera.
Autoridades esperam cerca de sete milhões de chilenos, ou cerca de metade dos eleitores, compareçam à votação do domingo, no segundo turno das eleições presidenciais.
O resultado poderá ser anunciado por volta de 20hs, no horário local, com cerca de 90 por cento dos votos apurados, de acordo com o Serviço Eleitoral.
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