
17 de julho de 2007 | 04h52
O Ministério da Defesa colombiano afirmou nesta terça-feira que o relatório da Organização dos Estados Americanos (OEA) sobre "fenômenos de reagrupamento ou rearmamento" de ex-integrantes de grupos paramilitares foi "superdimensionado" pela imprensa. O relatório trimestral do secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, publicado na quinta-feira passada em Washington, alertou para o fato de que, sete meses depois do processo de desmobilização das Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC), há um "complexo cenário" em algumas regiões do país. O relatório da OEA denuncia o "surgimento e a permanência de estruturas armadas ilegais, ligadas a economias ilícitas, com capacidade armada de intimidação e controle". O Ministério rejeitou "categoricamente o superdimensionamento do fenômeno das quadrilhas criminosas". Segundo o comunicado, há um "erro comum de interpretação", pois as AUC "deixaram de existir". Para o governo colombiano, os cartéis do narcotráfico "souberam aproveitar a desmobilização para engrossar as suas fileiras". Por isso, não se trata de um "rearmamento das velhas autodefesas ilegais, mas da criação de estruturas para dominar os negócios ilegais, com a "contratação" de desmobilizados". Durante 2006 e 2007, as forças armadas capturaram 1.675 integrantes das quadrilhas, mataram 409, confiscaram 408 armas de fogo e 106 veículos, disse a fonte. O Ministério disse que criou uma estratégia para impedir "qualquer episódio de conivência com o crime" por parte de membros da polícia.
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